terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Palavra?

Palavras, palavras tantas palavras
todas elas formadas por pequenas partes a que chamamos letras, todas diferentes,
as palavras que tanto dizem
transmitem sentimento, uma atitude de coragem, e muitas coisas mais
MAS são também capazes de ferir, de transformar aquilo que não sentimos
em momentos em que afinal queremos magoar, mostrar a nossa revolta
e esquecemos como, e então proferimos essas palavras, simples? rebuscadas? diferentes?, grandes e pequenas , conhecidas e desconhecidas dizemos e gritamos as "tais palavras" ...
Que nunca quisemos dizer pois afinal, a quem as dirigimos,
tem nome, tem vida e está também rotulado de uma simples palavra.

Pensemos então em dar vida, uma vida alegre, feliz a todas as palavras que de futuro pensemos dirigir em momentos que não são nossos, mas sim da nossa alma que apenas está de momento zangada.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ontem Chorei

De repente e sem conseguir conter e dominar a situação, água salgada e transparente em pequenas doses a que chamam lágrimas, eram produzidas sem controle pelos meus olhos.
Infinitas, todas diferentes teimavam em não acabar e rapidamente molharam, encharcaram e decoraram toda a tristeza que os meus olhos não foram, por esta vez, capazes de guardar. Tantas e tantas vezes tenho observado e ao mesmo tempo conversado com os meus olhos. Uma das mensagens que tenho tentado ensinar-lhes é que tenham a capacidade de esconder, ou antes de omitir, ou seja esconder o que me vai na alma. Náo escondo que gosto de chorar, mas sózinha, não por vergonha, mas apenas para não contagiar os que me rodeiam com a minha tristeza. Mas chorar pode ser também uma manifestação de alegria, e aí sim devemos mostrar a todos os que nos querem bem esses pedacinhos de água que tanto significam. Quantos ás lágrimas que ontem pude sentir escorrem-me pela cara abaixo, posso dizer-vos que eram pesadas e que o seu peso será por mim sentido por muitos e muitos longos dias. A razão destas lágrimas ficará guardada num cantinho ainda não endurecido do meu coração.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Melhor das Melhores prendas

Duas células que se juntam
Umas vezes com amor, outras carregadas de raiva e ódio,
E alheias aos sentimentos que assim as cruzaram e fizeram juntar
Obedecem ao seu destino desempenhando o seu papel principal, criando e formando um novo ser
Menino ou Menina, perguntam-se ansiosos, vezes sem conta... os seus alegres progenitores
Porém nuvens negras de preocupação levam outros, carregados de tamanha ansiedade perante tal facto a perguntar-se: Que vou fazer?...
E passadas semanas convertidas em meses ouve-se o primeiro grito que apelidaram de choro
E este chorar indefeso, entregue ao destino de a quem pertence, faz por sua vez chorar ...
Passado o primeiro momento, muitos outros se adivinham
Que se espera, sejam, todos eles carregados de alegria e satisfação
Outros, haverá, que a incerteza, o desânimo e a preocupação,teimosamente entrará em cena para mascarar a magia do momento em que as pequeninas células que outrora se juntaram, sem testemunhas e sem perturbações nos presentearam com o que de mais grandioso podemos ter: os nossos filhos
O Miguel e a Catarina são a melhor das melhores prendas que tive em toda a minha vida, já vivida. Eles completam, preenchem, enchem de sentido e de alegria todos os momentos dos meus dias. E agora que os sinto tão independentes e tão crescidos o meu peito enche-se de orgulho. (aqui fica um beijo que perdurará para sempre para este Menino-Homem e esta Menina-Mulher), responsáveis que são pelos sorrisos que espero me dêem algumas rugas, para assim testemunharem as vezes que em silêncio neles pensei.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

TEMPO

O tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

Por vezes não nos apercebemos como somos reféns do tempo. Tempo para amar, observar, beijar, rir, chorar, brincar, estudar, ouvir um pouco de música, conversar... Tantas coisas queremos fazer que ficamos impotentes a ver o tempo esgotar-se sem conseguirmos realizar tudo o que desejaríamos começar, acompanhar, terminar.

Quero lutar contra esta dependência clara e real que tenho com esta personagem que pertence a todos nós- A falta de tempo.
Inesperadamente sinto um arrepio cuja missão é dar-me luz para resolver esta pesada questão que tem como personagem principal o tempo.

É a altura certa para procurar significados para esta palavra que entra no nosso vocabulário, diariamente. Mais uma vez reparo que não tenho o tempo necessário, para contar as vezes que pronuncio esta pequena palavra e que me lamento por não ter todo o tempo que queria.
Fico parada à procura de uma solução para esta questão que me atormenta. O tempo pode ser um tempo longínquo, um tempo que ainda vem a caminho, um tempo que já passou. Importante é tomar consciência que ele não pára, não espera por nada nem ninguém e não olha para trás. Penso então agora no tempo como algo que resolve, que ensina, que ajuda a recordar e a reflectir. E de repente sinto que o agarro pois, não quero mais, desperdiçá-lo e carregada de tamanha sofreguidão que me causa tão grande receio agarro o tempo pois só agora descobri que não voltarei a ter, o tempo que já deixei passar, que já perdi. Então arranjo tempo para um encontro comigo mesma e tomo uma decisão :Vou ter que arranjar tempo para dedicar ao meu tempo.Como? Assim, simplesmente assim: Não penso demasiado no que já passou, faço o balanço do que perdi e não posso recuperar e é com todas as minhas forças que parto à aventura esmagando com todas as minhas forças as contrariedades que foram aparecendo no meu caminho que me retirem o sabor de ter e aproveitar o tempo que ainda tenho e que falará um dia por mim e de mim.

Não quero acordar, assustar e fazer zangar o limite de tempo que me foi destinado. Vou entregar, dedicar, repartir o stock de tempo que me resta, por todos os que estimo e me dão o calor que preciso. Não adiarei por mais tempo o Tempo.

Um abraço para ti, Senhor Tempo!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Arco-Iris

O dia nasceu como todos os outros. Eu caminhava numa estrada, sem sentido e sem saber muito bem para onde ir. Apenas tinha uma certeza – Eu queria viver, viver uma vida intensa dando a conhecer o que sei, o que tenho, enfim o que sou.

Sabia qual o sentido que deveria seguir mas senti que caminhava na escuridão, escuridão só visível para mim. Olhei para o céu, esse espaço sem fim, sem limite na esperança de avistar um ponto final. Foi então que de repente retive a respiração, fiquei por momentos vazia de pensamentos, não senti qualquer dor, física ou … que mais dor existe? Que é afinal a dor? Saudade? Solidão? Tristeza? Alegria? Sim alegria também é dor, dor desconhecida para uns mas bem conhecida para muitos outros. E de repente vi desenhado de forma esbelta, alegre, divertida um arco-íris e tudo derreteu para dar lugar ao festival de cor e de luz que por momentos quem quer que fosse responsável por tamanha beleza quis assim mostrar-me que a vida tem bons momentos embora pintados por várias cores (Vermelho - Laranja - Amarelo - Verde - Azul - Anil – Violeta), que tu, eu, nós podemos juntar, cruzar e fabricar e assim parar de caminhar nesta estrada por vezes difícil que é o nosso dia-a-dia.



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bruxa que é fada. Fada que é Bruxa!



Fizeram-nos acreditar desde pequeninos que as fadas vestem sempre de cor de rosa, branco ou azul claro, não faltando porém, o dourado. Eu diria que as fadas vestem de todas as cores. E as bruxas? Qual a sua cor preferida? - O preto, preto e mais preto. Algumas até os dentes têm pintados de preto. Uma grande vassoura, um nariz pontiagudo, cabelos compridos brancos ou pretos envoltos num lenço também ele preto. Têm sempre uma verruga ou um sinal de dimensões consideráveis. Saias compridas, camisas largas igualmente pretas. Com voz rouca fazem tremer quem as ouve. De olhar penetrante e assustador ninguém quer cruzar-se com elas ou simplesmente saber que naquela pequenina casa, mal cheirosa, carregada de pó onde as flores não se dão vive uma velhinha a quem chamam bruxa e dizem só faz maldade e não gosta de ninguém. Nem os animais escapam a este cenário. Bruxa que se preze terá que ter um gato, todo ele, preto de olhos cintilantes verdes que mais parecem amarelos. Será pouca toda esta descrição para tudo dizermos sobre a personagem bruxa.
Voltemos então a falar das fadas. De traje elegante carregado de rendas, bordados, lantejoulas, folhos de fino tecido, predominando estrelas, flores bordadas a linha dourada, com alegre semblante, sorriso bem aberto, olhos doces e pequeninos, nariz de traço perfeito, cabelo cor de oiro, bem penteado e tratado, vivem quase sempre rodeadas de flores e de passarinhos que cantam sem parar. Trazem na mão uma varinha capaz de fazer milagres, milagres esses capazes de satisfazer as nossas vontades, os nossos caprichos ou até obter algo de forma simples, sem lutar e que acaba por nos ser entregue de "mão beijada".
Futuro promissor é quase sempre dado a esta personagem que acaba por casar com um príncipe, ele também carregado de intenções de bem-fazer e que com uma não menos considerável riqueza faz de suas vidas uma vida fácil.


Para quê afinal, esta conversa toda? Apenas para vos fazer reflectir que nos cruzámos diariamente com pessoas assim e se forem pelo menos uma vez sinceros e honestos com vós mesmos são capazes, que eu sei que são, embora não o admitam de pensar, nem que seja por uma única vez, que as fadas verdadeiras por vezes parecem bruxas e as bruxas más por vezes são as nossas fadas. Assim se aprende e se ensina o significado do bem e do mal.

Matilde chegou


A pequenita Matilde, que privilegiadamente, senti mexer, enquanto que na barriga de sua mãe ia crescendo e engordando, já faz parte do meu rol de sobrinhos. Esta pequenita nasce ao meio dia, na cidade de Guimarães, cidade berço da nacionalidade portuguesa e classificada como Património Cultural da Humanidade. Nasce a 05 de Outubro, data comemorativa da Proclamação da Républica, dia de comemorações em todo o Portugal, também eu comemorei este dia, mas de forma diferente, ao saber do seu nascimento e ao ouvir pela voz de seu pai a noticia de que tudo tinha corrido bem e que por suas palavras tinha "uma grande mulher".
Seus pais escolheram para seu nome Matilde que significa - guerreira que combate com energia e realiza seus trabalhos com gosto e aproveitamento.
Para a Matilde que ainda não vi,mas senti, desejo, que cresça em harmonia sempre acompanhada de amor, carinho, ternura e amizade. Da minha parte também não lhe faltarão alguns mimos, porventura alumas vezes exagerados dos quais prestarei contas a seus pais.
Um beijo para mais esta recente Mãe, um abraço para seu Pai e um reconchudo e doce beijo para a Matilde. Fiquem bem.

sábado, 3 de outubro de 2009

Não sei viver sem Flores

Flores, flores e mais flores

Amarelas, brancas, laranja, lilás, roxas, vermelhas

E no meio de tanta flor,

Ramos verdes, fetos ou outras flores, de cor verde devem ter

No final um laço e um cartão

Selam momentos, que, ajudados por estas flores

Diminuem tamanha dor, parando o meu sentir

Para então perceber e me lembrar que afinal

Outra tarefa têm as minhas amadas flores

Símbolo de amizade e amor, quem as dá o quer mostrar

Para homenagear e fazer sentir aquele que as recebe

Haverá com certeza forma maior de mostrar a dor, a amizade e até o amor

Mas - dai-me flores …

Bravas, silvestres, campestres e minha alma colorida sobreviverá

A Fuga de um Amor



Eu tive no passado, um Amor Que depressa me fugiu Não sei porquê! hoje ainda, Mas uma certeza, porém, Trago comigo no coração Tude o que pude, tentei Para não fugir também

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Euromilhões



Mais uma sexta-feira. Mais um concurso Euro milhões distrai a população que ávida de Euros já sonha conseguir ganhar o chorudo prémio, desta vez acumulado da semana anterior.
Cem milhões de Euros! O que fazer caso seja eu a contemplada? Mas contemplada com quê? Com a Sorte ou com o dinheiro? Com o dinheiro, idiota, dirão uns, talvez. Com a sorte, menina com a sorte, dirão outros. E eu a interrogar-me! Que faria? Pagava a casa… Fazia uma viagem… Ajudava a família… Desejos comuns a todos. Telejornal das nove, hora de mostrar ao Mundo e transmitir a todos os interessados as principais notícias que chegam dos quatro cantos do Mundo. Desgraças, tristezas de uns, guerras de outros, campanhas eleitorais, criticas de candidatos, ideias de outros tantos, promessas que não serão cumpridas, enfim um lençol de utopias em que todos tentam é chegar ao topo do poder. E o prémio a quem vai sair? Mais um entretenimento para os Senhores Jornalistas, que por vezes informam mas também deturpam os pensamentos de quem entrevistam ou simplesmente divagando daquilo que afinal nada sabem. Assim se vai compondo o resumo das principais notícias do dia. E está no ar a reportagem dos Cem Milhões do prémio Euro milhões. Tudo á volta do mesmo. O Euro, os Milhões e o Poder que esses tão esperançados milhões podem dar a quem o destino resolveu felicitar com o cobiçado prémio. E mais uma vez e usando a ciência da estatística as respostas que ficam na frente são as já referidas – pagar a casa, fazer uma viagem. Porém no aglomerado de perguntas e respostas de quem vai perguntando e de quem vai respondendo à pergunta – Que faria se lhe saísse o Euro milhões duas respostas se destacam. A de um senhor que muito simplesmente diz: Olhe menina arranjava uma casinha com um bocadinho de terra onde pudesse semear e colher alguma coisinha para comer, olhe umas couvinhas, umas batatinhas e até criar umas galinhas – Ai que já ficava feliz! Ou ainda a de uma senhora a quem os anos já vividos a quem o trabalho de anos nada deu, e a prová-lo as cicatrizes bem visíveis na sua cara e expressão ao dizer: Menina internava-me numa clínica a tratar da minha saúde que é quase ou nenhuma. Enfim assim se vê como os ditos milhões são realmente importante para aqueles que sempre sentiram na mente e no corpo a fome e as dificuldades com que a vida os presenteou. Pois agora cabe-me a mim dizer que pagaria a casa sim, continuava a trabalhar mas de certeza que ajudaria aqueles a quem o seu próprio destino ditou uma vida sem sorte e sem milhões. E o poder que o prémio me daria? A esse faria um “manguito” á bom português.

sábado, 12 de setembro de 2009

Sou como as ondas do mar
Que uns dias rebentam calmas
E noutros, cheias de vigor
Por uns usada, por outros amada
Sou por vezes salgada
Agreste, mudo de cor
Verde, azul, cinza
Convivo, abraço, molho, todos
De forma igual
Estou sempre no oceano
E é desse oceano
Que faço e tento engrandecer
A vida que me foi oferecida
Da mesma forma que a mim também
Um dia me ofereceram vida
(Para os meus Pais , 12 Setembro 2009)

domingo, 30 de agosto de 2009

Solidão ou Desilusão

Sinto-me só.

Neste momento e só até acabar este segundo
Porém uma força se apodera de mim
Que me fala baixinho, tão baixinho que só Eu posso ouvir

Pára e vai à luta, combater essa solidão

Olho á minha volta
Vejo-me rodeada de pessoas e coisas
E Eu quem sou? O que quero? Para onde vou?
Ninguém sabe dar-me o que preciso
E digo para mim: Mas afinal... que é isto... Eu gosto de estar só...
E pergunto-me: Que sinto?

Será solidão ou desilusão...

Perfume de um Anjo

Na hora de deitar, nada estava previsto. Porém poucas horas passadas algo de inesperado me fez acordar. Um ruído estranho informava-me e transmitia-me a sensação de que alguém caminhava na minha casa. De olhos semicerrados, pela tensão da falta de descanso mas de ouvidos atentos algo me impelia fortemente para estar acordada. Escutando e imaginando fui sentindo. Uma presença estranha mas não desconhecida. A diferença estava na forma como podia ou não visualizá-la. Inesperadamente, tão inesperadamente como acordei naquele instante um cheiro intenso a perfume, outra vez desconhecido, chegou e activou o um dos meus cinco sentidos. E assim permaneci, quieta, atenta, curiosa. Quis levantar-me, seguir o instinto mas não fui capaz. Não porque o não desejasse mas apenas porque “Alguém” me mantinha presa à cama onde ao deitar-me pensei só acordar na hora do despertador tocar.

Não esqueci a sensação de conhecer “Alguém” que só pode ser um Anjo. Este “Sentir” fez da noite de 26 de Agosto de 2009 uma noite que não esquecerei. Estarei aqui sempre que me quiseres visitar.