sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma Mesa e cinco cadeiras

Entrei.A sala praticamente vazia não tinha qualquer calor. Estava frio. Olhei para as poucas mesas que a ornamentavam. Escolhi uma, não ao acaso. Queria, ficar, na frente. Queria sentir tudo de perto. O que se previa começar dentro de alguns momentos prometia um Encontro. E ali fiquei sorrindo, porque faço sempre questão de sorrir mesmo que a minha alma chore sem que, quem quer que seja, o possa sentir. De repente os sons da música que se iria ouvir, timidamente, começaram a tomar forma. Na minha frente um copo com um liquido transparente, incolor, ali foi deixado, para me fazer companhia e apagar o fogo que a sede sentida há já muito me acompanha. As luzes foram-se apagando, uma a uma, rápidamente com a intenção de formar um aconchego a todos que entretanto foram aparecendo. O som de alguns passos fizeram-se ouvir. Continuei indiferente, apurei o meu sentido auditivo para prestar atenção ao que ali me levara. Num repente, surpreendentemente, e, sem contar, senti uma presença conhecida. Que me era comum desde há muitos anos. O calor da tua presença tinha chegado. Sem olhar para trás tive a certeza que ali estavas. E o Encontro realizou-se. Estive bem. Fez-me bem. Não esquecerei mais uma noite que acabou por engrandecer esta vida que não posso adivinhar quando terá afinal o seu fim.
Que este não seja o nosso último encontro, já que de facto também ele não é o primeiro. Até sempre...

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